O planejamento estratégico é uma metodologia por meio da qual a empresa consegue definir aonde e como quer chegar dentro do mercado em que atua. Em uma análise mais macro, ele estabelece uma visão da geração de valor da empresa para a sociedade no longo prazo, já que a geração de lucro, por si só, poderá não garantir sua sobrevivência.

Quando falamos de planejamento estratégico, falamos basicamente de futuro. Primeiro, definindo onde a empresa está e aonde quer chegar. Depois, analisando os gaps — lacunas a serem preenchidas — para se conseguir alcançar o ponto definido como objetivo principal dentro de um determinado tempo. Em seguida, colocando em ação o plano traçado para chegar a esse objetivo.

Neste artigo vamos falar sobre os principais pilares para um bom planejamento estratégico e como fazer para implementá-los de forma efetiva em sua empresa. Confira!

1. Onde estamos: análise do ambiente externo

Conhecer o ambiente externo e o mercado em que a empresa está inserida é fundamental para estabelecer a rota correta de mudanças. Isso pode ser feito com a análise de dados secundários, como pesquisas oferecidas por meios de comunicação ou de associações do setor, bem como contratando uma empresa de pesquisa para tal.

A contratação de uma consultoria também é recomendada, desde que seja comprovadamente conhecedora do setor, tenha boas referências e profissionais com experiência suficiente para agregar valor ao processo e ter um retorno sobre o investimento — que, em geral, não é baixo.

Com as informações disponíveis, faz-se um benchmarking (comparação da situação atual da empresa com as empresas concorrentes) para se ter uma ideia das ameaças e oportunidades que precisam ser atacadas e aproveitadas, respectivamente.

A técnica amplamente utilizada no mercado, chamada de Análise de SWOT — sigla para Strengths, Weaknesses, Opportunities and Threats — trata dessas ameaças (threats) e oportunidades (opportunities) do ambiente externo dentro de sua metodologia.

2. Quem somos: análise do ambiente interno

Também utilizando a Análise de SWOT, faz-se uma avaliação pormenorizada da situação interna da empresa, verificando a efetividade de seus processos, nível de satisfação de seus colaboradores, políticas de qualidade, entre outros fatores que sejam mensuráveis. São as forças (strenghts) e as fraquezas (weaknesses) que a empresa tem e que necessitarão de atenção durante o planejamento estratégico.

Essa análise precisa ser realista, envolvendo o maior número de pessoas possível, principalmente nos níveis de chefia e gerência, para que os objetivos a serem listados correspondam à realidade da empresa e os recursos sejam alocados corretamente no momento da execução do plano estratégico.

3. Aonde queremos chegar: os objetivos principais da empresa

Os objetivos precisam estar alinhados à missão, à visão e aos valores da empresa. Por isso, esses conceitos devem ser definidos logo no início do planejamento estratégico.

A missão da empresa é o que ela diz para o mercado sobre quem é. Junto com os valores, que são os princípios e padrões de comportamento preconizados internamente e externamente, formam a personalidade da empresa e dizem para que ela existe perante a sociedade. A visão, por sua vez, representa o que a empresa quer ser, trazendo em si um desejo futuro e, por muitas vezes, sendo até utópica.

No que diz respeito aos objetivos definidos no plano, sejam qualitativos ou quantitativos, estes precisam ser mensuráveis, específicos, alcançáveis, realistas e temporais, ou seja, precisam ser únicos e passíveis de medição dentro de um determinado período de tempo.

Definidos os objetivos, esses são decompostos em indicadores de desempenhos, conhecidos como KPIs (do inglês, key performance indicators). Para cada indicador uma meta deverá ser associada e medida. Um exemplo de KPI seria o número de propostas comerciais convertidas em vendas. A meta para esse indicador poderia ser aumento de 5% por trimestre em relação ao anterior.

Nem todos os objetivos listados poderão ser atacados inicialmente, devendo-se priorizar os principais, que serão tratados em médio e longo prazo.

4. Como vamos chegar: o plano estratégico

Envolver todos os departamentos no momento de elaborar o planejamento estratégico muitas vezes é inviável. Dessa forma, sua produção é geralmente feita no esquema top-down (de cima para baixo), demandando um feedback constante de todos durante sua execução, quando os ajustes precisarão ser feitos para que o executado reflita melhor a realidade do dia a dia da operação.

É imprescindível o envolvimento da área financeira no momento de implementar o planejamento estratégico. Sem dinheiro não há como realizar nada de efetivo dentro da empresa, já que, desde o primeiro momento, recursos deverão ser disponibilizados para contratação de consultorias, realização de pesquisas, alocação de horas para o projeto, entre outras demandas.

A área de controle financeiro também precisará realizar o planejamento de desembolso com base nas ações previstas nos planos tático e operacional, como demanda de treinamentos, horas extras, contratações de pessoal, premiações por desempenho ligadas ao plano, novos sistemas computacionais, entre outras fontes de despesas e investimentos.

5. Ajustes de rota: ações corretivas e melhorias no plano

O planejamento estratégico não é estático, apesar de ser de longo prazo. Sempre que acontecerem mudanças no cenário externo, sejam específicas do mercado em que a empresa atual ou em nível macro, como alterações na política e na economia, a equipe responsável deverá se reunir e fazer o ajuste na rota pretendida, sempre tendo como norte a missão, a visão e os valores da empresa.

As possíveis alterações devem ser amplamente divulgadas dentro da empresa, levando ciência de seu impacto a todos os envolvidos.

Para fazer o acompanhamento e permitir as ações necessárias, o mercado utiliza a metodologia BSC (Balanced Scorecards) que mostra, de forma simples e gráfica, cada objetivo e sua respectiva meta a ser alcançada.

O BSC também oferece uma visão do desempenho de forma integrada entre os diversos setores da empresa, por meio de 4 perspectivas básicas para acompanhamento dos indicadores (KPIs), sendo elas a de Clientes, a de Processos internos, a de Aprendizado e crescimento e a Financeira.

Criar e implantar técnicas e ferramentas que permitam adaptar os processos o mais rápido possível é fundamental, já que hoje a aplicação da tecnologia da informação permite isso, desde que a estratégia tenha sido implementada sobre uma plataforma flexível e escalável, utilizando soluções de hospedagem em nuvem, modelagem de banco de dados e mobilidade.

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